quarta-feira, junho 15, 2005

Os meus livros (IV)





O olfacto é um dos sentidos a que, por vezes, pouco ligamos. Sabemos da sua importância no sabor dos alimentos. No entanto, passamos, com frequência, inconscientes da sua importância na impressão que algumas pessoas nos causam, no nosso gostar ou não de um determinado local, etc.
Se tivéssemos nascido sem qualquer cheiro, que impressão causaríamos nos outros? E que nos aconteceria se desenvolvêssemos o sentido do olfacto de tal forma que distinguíssemos a grande distância todos os cheiros que compõem a mistura que anda no ar? E se as duas coisas acontecessem em simultâneo?
Jean-Baptiste Grenouille acumula estas duas características. Criança abandonada e mal amada porque estranha (sem cheiro…), o seu extraordinário olfacto vai permitir-lhe impor-se como um talento fora do comum no mundo da perfumaria. Mas aprende também a criar perfumes para usar, dando a si próprio um cheiro que corresponde às características que deseja que os outros detectem nele. Tudo isto se passa entre Paris e Grasse, o centro da fantástica indústria da perfumaria.
A história podia ser interessante só pelo que foi dito até agora. Mas há mais. É que os perfumes “perfeitos” pertencem a corpos humanos. Corpos de raparigas jovens, virgens. E Grenouille transforma-se num assassino. A sua vida, as suas motivações e o seu caminho para a perdição final compõem um livro extraordinário que, edição após edição, continua a maravilhar quem o lê. “O perfume” de Patrick Suskind é um dos livros que releio sempre que me apetece saborear uma história contada de tal forma que quase “cheiramos” os ambientes e as personagens.

8 Comentaram:

Blogger Amaral disse...

O perfume perfeito encontrou um corpo de mulher, e a imaginação fez o resto.
Mas se tivéssemos nascido sem qualquer cheiro, o sentido do olfacto talvez não tivesse razão de existir. O cheiro "cheirado" através do tempo e do espaço poderia ajudar a relação entre os humanos. Veloz como o pensamento, intenso o ribombar do trovão...

9:06 da tarde  
Blogger Mitsou disse...

Pode parecer que sou do contra mas confesso que comecei a lê-lo e, talvez pela disposição do momento ou qualquer outra razão subjectiva, não me "prendeu" e abandonei a leitura. Admito, tenho de admitir perante o êxito que alcançou, que seja um óptimo romance e farei uma segunda tentativa. Depois digo-te :) Beijinho grande, linda!

9:59 da tarde  
Blogger Lola disse...

É um livro perturbante. Passei para te dar um beijinho. :-)

9:19 da manhã  
Blogger M.P. disse...

Olá, Lique! Também vim para te deixar uma beijoca! Até bem breve com mais calma! :)**

11:24 da tarde  
Blogger Å®t Øf £övë disse...

lique,
Confesso que não conheço este livro,mas acredita que me despertaste,e muito a curiosidade.
Bom fds.
Bjs.

10:43 da tarde  
Blogger Amita disse...

O perfume, o cheiro da essência, um deslumbramento jamais esquecido fazendo parte da memória sem tempo.É um livro fabuloso, Lique.Bjinhos grandes amiga e bfs

12:16 da manhã  
Blogger Conceição Paulino disse...

Sobrre o filme: concordo k lavam bem as "vistinhas" mas creio k n/ e apetece vê-lo (mas nunca ase sabe....)
sobre o livro, concordo plenamente. Continuo a achâ-lo um livro fascinante.bjs e ;)

12:41 da tarde  
Blogger Conceição Paulino disse...

Sobrre o filme: concordo k lavam bem as "vistinhas" mas creio k n/ e apetece vê-lo (mas nunca ase sabe....)
sobre o livro, concordo plenamente. Continuo a achâ-lo um livro fascinante.bjs e ;)

12:41 da tarde  

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