quinta-feira, junho 02, 2005

Star Wars ( estes ou os outros?)





Eu tenho mesmo que escrever isto. Sim, já sei, não se trata de filmes ditos “de qualidade” e coisas do género… mas eu tenho que confessar aqui que gosto de cinema de ficção científica, de acção, fantástico e sei lá mais o quê. Eu gosto de cinema. Ponto. Sempre me fez confusão porque é que alguém começa a contar uma história no IV Episódio. E, a falar verdade, mais confusão ainda me fez que, após ter conseguido um êxito que atravessa gerações com o IV, V e VI Episódios, alguém vá pegar no I Episódio, muitos anos depois.
Vou, no entanto, esquecer as motivações de George Lucas para ter feito assim. Quero simplesmente confrontar a primeira série de episódios com a segunda. Quais as diferenças? E afirmo já que , claramente, isto pode degenerar em conflito de gerações. Exagero? Claro. Mas eu no fim explico porque digo isto.
Gostei bastante da trilogia inicial. Alguns anos depois, as minhas filhas adoraram a mesma trilogia. Razões? Uma história razoavelmente bem contada, a luta do bem contra o mal (dá sempre audiências) e a ligação clara entre as personagens principais (camaradagem, solidariedade) bem como o centrar das atenções na “força”, algo que alguns usavam para o bem e outros nem por isso. Havia subjacente um claro espírito de saga e de libertação que levava forças bastante inferiores a conseguirem vencer outras com um poder bem maior. Havia também algum efeito de surpresa no argumento e um humor bem conseguido. Linear, tudo isto? É, mas funcionava e a história de alguma forma tornava-se credível dentro do mundo de ficção em que se passava.
E no que respeita à trilogia “moderna”? Pois, batam-me se quiserem, mas eu só vi efeitos especiais (muitos e bem feitos), cenas que parecem desligadas umas das outras, personagens que não nos conseguem fazer acreditar que têm sentimentos reais. Efeito surpresa? Nenhum. Pois se nós até já sabemos o que se vai seguir… A questão da “força” como algo que deve servir para o bem e cujo uso é algo complicado que tem que ser aprendido, passa absolutamente despercebida. A “passagem para o lado negro” de Anakin Skywalker é tratada de uma forma perfeitamente ridícula. Afinal é a questão fundamental desta trilogia, exigia-se bastante mais. O espírito de saga, a existência daquele grupo como um corpo unido pela “força”, tudo isso é minimizado. Viva Hollywood, a criação digital e os brilhantes efeitos especiais! É o que está a dar.

Porque é que isto pode ser razão para um conflito de gerações? Experimentem dizer isto ao meu sobrinho que diz que são ridículos os efeitos especiais da primeira trilogia! É uma discussão épica. Mas vale a pena… :-)

9 Comentaram:

Blogger BlueShell disse...

Ainda nãi vi "este"...ainda não chegou cá...aos montes...

Grata; beijos mil, BShell

8:30 da tarde  
Blogger Unknown disse...

eheheh... pois, ao teu sobrinho nem vale a pena dizeres nada sobre esse assunto :P ainda não vi mas, no que diz respeito aos 2 primeiros, concordo em parte contigo. bjks

11:54 da tarde  
Blogger Conceição Paulino disse...

Entendo mtº bem. Mas...cá está, sou de outra geração (como tu). Bom f.s. Bjs e;)

9:04 da manhã  
Blogger Papo-seco disse...

Eu vi gostei, mas concordo contigo

de qualquer maneira acho que apesar da ordem dos filmes ser a que é (e para mim faz sentido que assim seja) eles devem ser vistos em blocos tal e qual como os anos em que foram feitos.

O King Kong está a ser filmado pelo "senhor dos aneis" é para mim evidente que quando estrear vai ser alvo de comparações, amores e desamores entre os apologistas do velho filme (mais conhecidos como cotas) e os que vão adorar o novo

12:02 da tarde  
Blogger Lyra disse...

Pois :-) Eu não ligo muito a filmes de ficção cientifica. E raramente vou ao cinema. Não que não goste,desabituei-me acho eu. Ainda bem que estás de volta :-) Um beijo para ti menina :-)

5:24 da tarde  
Blogger celofane disse...

Concordo plenamente contigo, tenho amigos que têm acompanhado e defendem a nova trilogia mas não consigo de forma alguma sentir a magia da 1º trilogia (pronto, tb tou mais velhinho),mas nem tive o interesse de os ver a todos, depois do 1º esmoreci.Esta segunda tresanda a diálogos cliché e efeitos computarizados que dão um seco toque de artificialidade à arte de george lucas, que na minha opiniao não conseguiu manter o nível, apesar de ter esbanjado muito mais.

2:45 da tarde  
Blogger Amaral disse...

Quem fala assim sabe o que diz. Há quem goste mais ou goste menos, e esteja atento aos efeitos. Quem está atento aos efeitos, "sabe" que é ilusão! Pode dispensar esse conhecimento e disfrutar dos mesmos. Mas, nem tudo o que luz é ouro…

7:05 da tarde  
Blogger Unknown disse...

Pena que faz anos que n/ vou ao cinema, por esse motivo n/ sei comentar o post. Fica um beijo

5:12 da tarde  
Blogger Å®t Øf £övë disse...

Pois é,tens razão quando dizes que é um verdadeiro conflito de gerações.
O problema é que a geração anterior dava mais importância ao conteudo das coisas,e hoje as novas gerações preocupam-se mais com a parte exterior,ou seja a parte estética.
E isto é só um exemplo que ilustra bem o que se passa em todas as vertentes e não apenas na vertente do cinema.
O que nos deve deixar sériamente preocupados.
Bjs.

11:10 da tarde  

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