sábado, março 19, 2005

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.



Carlos Drummond de Andrade



[Hoje é o dia do Pai. Esta é a minha forma de lembrar o meu pai que já não está comigo há 12 anos]

3 Comentaram:

Blogger Amaral disse...

Um poema lindíssimo que liga maravilhosamente com a homenagem que se deve a todos os pais do mundo. Cada um à sua maneira, terão desempenhado maravilhosamente o seu papel.

1:22 da manhã  
Blogger BlueShell disse...

Tão lindo....
O meu pai, se te recordas, faleceu no dia 24 de janeiro; Eu fiz anos a 8 de Março...e ele não esteve comigo...pela 1ª vez na minha vida; Ontem...não esteve para eu lhe dar um beijo....nunca mais esteva desde aquela 2º feira em que telefonaram do hospital, às 9:30 da manhã...Nunca mais esteve...nem vai estar...

O meu optimismo...são pequenos momentos de alienação, acho...depois volta a penumbra que me envolve...e este frio que vem de dentro para fora do meu corpo.
Fica bem, Beijo doce, BShell

11:48 da tarde  
Blogger Å®t Øf £övë disse...

Um pai nunca se esquece,e merece sempre ser lembrado e homenageado.
Boa semana.
Bjs.

1:04 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home