Star quality
Sabem uma coisa? Gosto desta mulher. Gosto mesmo. Tem algo que já não estamos habituados a encontrar nos actores e actrizes de hoje em dia. Algo que marcou muitos dos ídolos do cinema e fez com que, ainda hoje, sejam referências para o comum dos mortais e para outros actores. Algo identificável que é difícil de descrever porque é só dela e a torna única. Não é só beleza, nem classe nem talento. Que aliás ela tem para dar e vender. É uma mistura de tudo isso que lhe dá “star quality”. Ela é, de facto, uma estrela e tem ainda um pouco daquela magia a que o cinema nos habituou.
Birth (O mistério)
Vem tudo isto a propósito de ter visto, nos últimos tempos, dois filmes de que é protagonista: “Birth (O mistério)” e “A intérprete”. No que se refere ao primeiro (Birth), é, na minha opinião, um filme mal conseguido que parte de um argumento que também nem sequer é basicamente original. As histórias de reencarnações de maridos prematuramente mortos aparecem de vez em quando e acho que nenhuma deu ainda um grande filme. O facto de o marido dela (Nicole/Anna) ter reencarnado numa criança e dela se apaixonar por essa criança podia ser, pelo menos, polémico. Mas o filme não tem nenhum golpe de asa, nem sequer nesse sentido. Parece que falta sempre qualquer coisa e que o realizador não sabia bem como iria acabar a história. O final (cena do novo casamento de Anna) também é uma cena um pouco patética e mal conseguida. Mas a classe de Nicole passeia-se pelo filme e, afinal, ela parece ter uma queda natural para estes filmes semi-misteriosos.
A intérprete
O segundo filme (A intérprete) já pertence, quanto a mim, a outra “Liga”. Para isso concorre um bom argumento (embora também previsível), uma realização bastante conseguida e um outro excepcional intérprete –Sean Penn. O filme tem um bom nível de suspense, intervenção política q.b. e, claro, uma história de amor credível. Tendo sido o primeiro filme que foi filmado dentro do edifício das Nações Unidas, dá-nos alguma visão do trabalho no interior da organização. E, claro, defende a tese altamente discutível de que é ali que se resolvem todos os conflitos mundiais. Mas tem também um cheirinho de África na música, nas tradições que Nicole/Sílvia defende e infelizmente na suja política e interesses que por lá se movem. Mais uma vez Nicole compõe uma personagem perfeita. E obviamente Sean Penn é o agente secreto que a protege com aquela triste história de perda familiar que todos eles têm (porque será?).
Tendo falado dos filmes, resta dizer que, neste momento, esta senhora é uma mais valia para qualquer filme. E que verdadeiramente pode fazer o que lhe apetecer. Pessoalmente, gostava sempre de a ver em filmes ao nível de “As horas” ou “Os outros”. Mas nem tudo pode ser excelente, não é?
8 Comentaram:
Admirável...
Eu nunca tinha pensado nela assim...isto é, nunca me tinha debruçado sobre a "questão" mas agora que falas assim nela..até que concordo: é especial....
Deixo um beijo fresco com sabor a sol e a mar.
BShell
Concordo! Birth é....uma coisa em forma de assim. Bela interprtaão (n/ só dela)! Conto ir hoje ver "A intérprete": BOm dominngo. Bjs e ;)
Um beijinho pela suavidade. Mas também pela generosidade de não deixar morrer o sonho de Abril.
Obrigado pelo Ary. É bom sabê-la também amiga da Ana...
Gostei de vir aqui!...
Luís
Saudações Bloguianas do regressado Click!
Também gosto.
Beijo,
Márcia
gosto dessa Mulher, até de olhos bem fechados! beijo
Eu gosto dela, independentemente do filme: é das minhas actrizes favoritas, num grupo muito restrito.
Vi o Birth e concordo; o filme serviu apenas para me convencer do verdadeiro talento dela. Quanto ao outro, espero ir vê-lo no fds. Beijinho, linda.
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