domingo, abril 17, 2005

Star quality




Sabem uma coisa? Gosto desta mulher. Gosto mesmo. Tem algo que já não estamos habituados a encontrar nos actores e actrizes de hoje em dia. Algo que marcou muitos dos ídolos do cinema e fez com que, ainda hoje, sejam referências para o comum dos mortais e para outros actores. Algo identificável que é difícil de descrever porque é só dela e a torna única. Não é só beleza, nem classe nem talento. Que aliás ela tem para dar e vender. É uma mistura de tudo isso que lhe dá “star quality”. Ela é, de facto, uma estrela e tem ainda um pouco daquela magia a que o cinema nos habituou.




Birth (O mistério)


Vem tudo isto a propósito de ter visto, nos últimos tempos, dois filmes de que é protagonista: “Birth (O mistério)” e “A intérprete”. No que se refere ao primeiro (Birth), é, na minha opinião, um filme mal conseguido que parte de um argumento que também nem sequer é basicamente original. As histórias de reencarnações de maridos prematuramente mortos aparecem de vez em quando e acho que nenhuma deu ainda um grande filme. O facto de o marido dela (Nicole/Anna) ter reencarnado numa criança e dela se apaixonar por essa criança podia ser, pelo menos, polémico. Mas o filme não tem nenhum golpe de asa, nem sequer nesse sentido. Parece que falta sempre qualquer coisa e que o realizador não sabia bem como iria acabar a história. O final (cena do novo casamento de Anna) também é uma cena um pouco patética e mal conseguida. Mas a classe de Nicole passeia-se pelo filme e, afinal, ela parece ter uma queda natural para estes filmes semi-misteriosos.




A intérprete


O segundo filme (A intérprete) já pertence, quanto a mim, a outra “Liga”. Para isso concorre um bom argumento (embora também previsível), uma realização bastante conseguida e um outro excepcional intérprete –Sean Penn. O filme tem um bom nível de suspense, intervenção política q.b. e, claro, uma história de amor credível. Tendo sido o primeiro filme que foi filmado dentro do edifício das Nações Unidas, dá-nos alguma visão do trabalho no interior da organização. E, claro, defende a tese altamente discutível de que é ali que se resolvem todos os conflitos mundiais. Mas tem também um cheirinho de África na música, nas tradições que Nicole/Sílvia defende e infelizmente na suja política e interesses que por lá se movem. Mais uma vez Nicole compõe uma personagem perfeita. E obviamente Sean Penn é o agente secreto que a protege com aquela triste história de perda familiar que todos eles têm (porque será?).

Tendo falado dos filmes, resta dizer que, neste momento, esta senhora é uma mais valia para qualquer filme. E que verdadeiramente pode fazer o que lhe apetecer. Pessoalmente, gostava sempre de a ver em filmes ao nível de “As horas” ou “Os outros”. Mas nem tudo pode ser excelente, não é?

8 Comentaram:

Blogger BlueShell disse...

Admirável...
Eu nunca tinha pensado nela assim...isto é, nunca me tinha debruçado sobre a "questão" mas agora que falas assim nela..até que concordo: é especial....

Deixo um beijo fresco com sabor a sol e a mar.
BShell

1:55 da manhã  
Blogger Conceição Paulino disse...

Concordo! Birth é....uma coisa em forma de assim. Bela interprtaão (n/ só dela)! Conto ir hoje ver "A intérprete": BOm dominngo. Bjs e ;)

10:49 da manhã  
Blogger oasis dossonhos disse...

Um beijinho pela suavidade. Mas também pela generosidade de não deixar morrer o sonho de Abril.
Obrigado pelo Ary. É bom sabê-la também amiga da Ana...
Gostei de vir aqui!...
Luís

12:52 da manhã  
Blogger CLIK disse...

Saudações Bloguianas do regressado Click!

3:29 da manhã  
Blogger Alma do Beco disse...

Também gosto.
Beijo,

Márcia

11:03 da tarde  
Blogger gato_escaldado disse...

gosto dessa Mulher, até de olhos bem fechados! beijo

2:33 da tarde  
Blogger saltapocinhas disse...

Eu gosto dela, independentemente do filme: é das minhas actrizes favoritas, num grupo muito restrito.

11:34 da tarde  
Blogger Mitsou disse...

Vi o Birth e concordo; o filme serviu apenas para me convencer do verdadeiro talento dela. Quanto ao outro, espero ir vê-lo no fds. Beijinho, linda.

11:51 da tarde  

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