segunda-feira, julho 11, 2005

As canções da minha vida (IV)

louis_armstrong.jpg






What a wonderful world

Weiss/Douglas


I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself what a wonderful world.

I see skies of blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself what a wonderful world.

The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands saying how do you do
They're really saying I love you.

I hear babies cry, I watch them grow
They'll learn much more than I'll never know
And I think to myself what a wonderful world
Yes I think to myself what a wonderful world.


Louis Armstrong



(Com mais esta canção, paro por cerca de um mês as actividades aqui neste blog. Tenham todos umas boas férias e que o mundo vos pareça mesmo "wonderful".)

quinta-feira, julho 07, 2005

Poesia dita

O Portugal Futuro





O portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem da enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o portugal futuro



Ruy Belo dito por Luís Miguel Cintra

segunda-feira, julho 04, 2005

Quando já foi dito o que nos apetece dizer

Falta de motivo

Sinto ao longe
o desejo de escrever este poema
e aqui perto,
do lado de dentro de mim,
falta-me um motivo…
Estou cansado
de gemer aquilo que não vivo,
por conta do que sofro realmente…
Já não sei ver diferente
qualquer recanto
que o meu desencanto
não tenha passeado,
não tenha sentido à força de o dizer…
Nem há mentira mascarável de verdade…

Ainda possuo a verdade,
-se ser o que se é, é ser verdade…-
mas esta não a conto:
guardo-a … para estar guardada
quando converso a sós,
quando a minha voz
supõe querer falar comigo…

E no interior
a minha voz teimosamente
vai desfiando contas de verdade minha…
Aquilo que ao eu me digo
e ouço
tem de ser, e só, para nós!



Jorge de Sena, in Obras, Vol. 5º

sexta-feira, julho 01, 2005

Batman, o Início

11batman.jpg

O início do Início


Eu não resisto a ir ver um filme deste género, quando por aí aparece. Embora me pareça que esta moda de fazer reviver os heróis da BD no cinema é uma forma de Hollywood tentar fazer-nos esquecer os reais problemas com que o mundo se debate, não nego o valor de puro entretenimento que muitos destes filmes têm.

10batman.jpg

Mestre (vilão) e discípulo


Tenho visto as versões recentes dos “Batman” e, em todos, me tem parecido que algo falha e que, curiosamente, valem mais pela personagem do vilão (lembro particularmente Jack Nicholson como Jocker) que pela forma como tratam o herói.
Este filme tem, logo à partida, um realizador extraordinário. Christopher Nolan realizou Memento e Insomnia. O primeiro é para mim um dos filmes mais originais e surpreendentes, dentro do género. A quem não viu, aconselho que procure em DVD. E, para o entender bem, veja mais que uma vez. É um filme feito “do fim para o princípio”.

batmanpubb.jpg

O último polícia honesto em Gotham City


Em “Batman, O Início”, o cast é de fazer cair o queixo: Christian Bale (o rapaz de “O Império do Sol”), Katie Holmes ( a noivinha de Tom Cruise), Michael Caine, Liam Neeson, Morgan Freeman e Gary Oldman, para não dizer mais.

batmanpubg.jpg

Mordomo e amigo


Claro que um bom realizador somado com um bom cast não dá forçosamente um bom filme. Mas neste caso até acho que a soma está certa. O ambiente é “dark enough” e fiel àquela dualidade de bem e mal que existe na personagem de Batman original.

batmanpubw.jpg

Amigo e aliado precioso

É bem explorada e sem exageros a revolta e a auto-marginalização do príncipe de Gotham City em consequência do assassínio dos pais. Curiosa e com algum humor à mistura, é a forma como nos é mostrada a sua “criação” do Batman que conhecemos.

batmanpubm.jpg

A mocinha


Em conclusão, vê-se bastante bem e tem interesse do princípio ao fim. Efeitos especiais e perseguições com o “batmobile” q.b. Portanto acho que, quem gosta do género, deve ir ver o voo do morcego…


05batman.jpg